A PROPÓSITO DA NOTA DE FALECIMENTO DA INVESTIGADORA MARIA DO CARMO

– A. Triumpho Avellar, Sócio Honorário da IPA-SP

Sendo maio o mês de Maria, ou o mês do touro – dos fortes, segundo a Astrologia, é também o mês das mães e tem sua importância ante o “13 de Maio”.

      A Investigadora de Polícia Maria do Carmo Valério Nicolau, que era associada à IPA-SP desde o dia 2/10/81, sob o nº BR-177. Nasceu durante a Revolução Paulista de 1932, em Brodosqui-SP e faleceu por covid em 2021, deixando um filho que dará continuidade à sua vida empresarial, fabricando os produtos de beleza da marca “Muene”, um nome africano.

    Maria do Carmo foi uma vencedora. Sua luta começou com o ingresso na polícia paulista, como investigadora, quando já possuía formação superior e falava quatro idiomas: português, inglês, francês e italiano.

     Amiga de vários anos, lembro-me quando ela eu e Dick Santos (empresário de cantores americanos) viajamos ao Rio de Janeiro para convidar os negros cariocas a ajudar na campanha vitoriosa do primeiro prefeito negro eleito em São Paulo, o economista Celso Pitta.

         Outro sempre lembrado prefeito negro de São Paulo é o Dr. Paulo Lauro, nomeado em 1947, com apoio dos remanescentes da Frente Negra Brasileira. Depois ele foi eleito deputado estadual e duas vezes deputado federal, até 1969. Era professor de economia na Faculdade Superior de Administração e Finanças de São Paulo.

      Oportuno aqui consignar o passamento do artífice do samba brasileiro, símbolo da nossa identidade, o compositor, cantor, artista plástico e Vice-Presidente da “Mangueira”, Nelson Mattos Sargento.

      Por último, registre-se que, no antigo regime francês, plantava-se uma “Árvore de Maio” em honra de alguém que merecesse ser distinguido. Afinal, este escrito visa reverenciar a memória da Maria do Carmo e “plantar” o otimismo na mente dos negros.

São Paulo, 29 de maio de 2021

A.Triumpho Avellar, ex-Estadão e Diário Popular