“GASTANDO VELA COM MAU DEFUNTO”

Senhores Associados, boa tarde:

Mesmo sendo antigo, o adágio é verdadeiro. Não se deve gastar vela com mau defunto. Mas, diante de injúrias e mentiras, não se deve calar, pois quem cala consente.

  Havia prometido (e vinha cumprindo) não mais tomar o tempo dos colegas associados com os despautérios do Sr. Joel Zarpellon Mazo, que infelizmente “preside” a Seção Brasileira da IPA. Mas, quando os insultos são desmedidos, só há dois caminhos: responder ao agressor e/ou procurar a Justiça. Este último eu já trilhei; agora, a muito custo e contragosto, dou-me ao trabalho de trazer ao conhecimento do corpo associativo, e a quem mais couber, este desabafo, que é justo e verdadeiro.

Como todos sabem, até o ano de 2008 a IPA no Brasil teve paz. Infelizmente, antes de morrer, o meu antecessor José Raymundo Nogueira dos Santos, admitiu nos quadros da IPA o Sr. Joel Mazo, que, de pronto, se achou no direito de tirar da cadeira do presidente da Seção do Distrito Federal, o competente Agente Policial paulista Paulo Kinkerfuss Jr. Sorrateiramente, de um dia para o outro, ele o destituiu e ocupou o lugar.

A partir disso, só desarmonia. A primeira tentativa de imposição que ele me fez foi dizer que a sede da Seção Nacional tinha que ser em Brasília, que é a capital do país.

Disse-lhe que nada tinha a ver e que isso não constava do Estatuto. Mas, para evitar conflito, propus que fosse reformado o Estatuto, ato do qual o próprio Sr. Mazo tomou parte. Fizemos um Estatuto enxuto, de apenas 20 artigos e um Regimento Interno.

Tudo caminhou bem até a eleição de 2011, que ele concorreu e perdeu por larga margem de votos. Recorreu à Justiça e perdeu nas duas instâncias. Inconformado, esperou a eleição seguinte (2015) e nela apostou pesado. Gastou como se fosse uma campanha para o Senado da República. Ainda assim, com toda a fraude constatada, houve empate técnico: 131 votos para cada chapa. Mesmo assim, ele tomou posse.

Recorri à Justiça e a disputa continua sub judice, até hoje. Enquanto isso, mais que depressa, Joel Mazo tratou de reformar o Estatuto (o que não podia, por estar sub judice) e, pasmem, fez um de 165 artigos! Quem se der ao trabalho de tentar lê-lo, duvido que passe de dez artigos. Um monstrengo a que ele chama de “lei orgânica!”.

Enquanto isso, partem processos judiciais de ambos os lados: danos morais, materiais, ofensa à lei do direito de resposta e, por último, agora em setembro de 2021, vali-me da Lei Geral de Proteção de Dados, pelo seguinte motivo:

Tendo havido eleição no dia 30/6/2021 (“secreta”, antes, durante e depois!) para o quatriênio 2021/2024, reuni a Diretoria e associados da IPA-SP e, juntos, decidimos concorrer ao pleito. Para tanto, enviamos, via sedex, a chapa completa, dentro das normas do edital, com nomes e endereços de todos os 455 associados com direito a voto (para o voto via postal). No documento de remessa, observamos, de forma destacada: “Os dados se destinam à remessa do material eleitoral, e, tratando-se de endereço de policiais o destinatário é responsável pela confidencialidade”.

Pois bem: além de negar registro à nossa chapa (“IPA São Paulo Resiste”), ele, Mazo, valeu-se dos endereços para enviar aos nossos associados, correspondências difamatórias e injuriosas, contendo mentiras grosseiras. Resultado: processo por uso irregular de dados pessoais, previsto na Lei 13.709, de 14/8/2018.

Só para os Srs. terem uma idéia da facilidade que tem de escrever mentiras, ele diz que a IPA-SP se utiliza de um CNPJ clone, sendo que o nosso CNPJ é o mesmo desde o ano de l998; que a IPA de São Paulo é um “fake” e que eu, Jarim, fui expulso da IPA e sou desconhecido na IPA internacional. Vejam: Recebi correspondência pessoal do presidente internacional, Pierre-Martin Moulin, em março de 2021, e do órgão de direção da IPA em 8 e 13/9/2021, assinada por Stephen Crockard, do IAC).

Mazo escreve o que lhe vem à cabeça, sem pensar: diz que o ex-presidente Nogueira era Delegado de Polícia, quando todos sabem que ele era Investigador. Fala o nome de um conhecido Delegado que é nosso associado há vários anos, dizendo que ele teria se desfiliado. Afirma que Nogueira falecera no ano de 2010, quando este, na verdade, faleceu no dia 5/11/2008. Coisas assim, de quem fala sem compromisso.

Acho que as mentiras do Sr. Mazo são, em boa parte, patológicas. Vejam essa: Quando do ataque às torres gêmeas, nos USA, em 2001, ele chegou a dizer numa entrevista, que quando do episódio, em meio ao caos, foi a IPA americana quem assumiu o controle para restabelecer a ordem na cidade! Coisas assim, que ele sabe que não são verdadeiras, mas propaga. Tipo “acredite se quiser”!

É assim que estamos vivendo, sabe Deus até quando… Caso a IPA não tivesse um nome forte, conceituados (pelo menos aqui em São Paulo) o Sr. Mazo já teria acabado com ela. Felizmente, parece que agora a direção internacional está se convencendo das suas sandices e, por certo, tomará providências.

O triste é saber que a entidade existe para “servir através da amizade”! Paro por aqui para não os cansar com tantas maledicências (da parte dele, claro).

São Paulo, 17 de setembro de 2021

Jarim Lopes Roseira

Presidente da Seção Regional da IPA em São Paulo

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