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INACREDITÁVEL

       Srs. Associados da IPA-SP:

       Imaginem os senhores o tamanho da insensatez do Sr. Governador do Estado: depois de aprovada a Lei Orçamentária Anual – LOA, ele altera o valor das dotações dos órgãos estaduais. A Secretaria da Segurança Pública, por exemplo, teve suas receitas previstas reduzidas de R$ 1.666,7 milhões para R$ 911,3 milhões, ou seja: uma redução de -45%. Um absurdo. Enquanto isso, consta que a verba para publicidade aumentou!

        São Paulo não pode suportar isso. É preciso que as forças vivas da sociedade protestem, veementemente, contra esse disparate. Para quem, como nós, milita nessa sensível área social e conhece as dificuldades com que as forças de segurança lidam para conter a crescente criminalidade, sabe o quanto a medida governamental publicada no Diario Ofícial do dia 31/12/2020 impactará negativamente essa luta diária na defesa da vida e do patrimonio das pessoas que moram e trabalham neste Estado.

        Fazendo a nossa parte, enviamos, hoje mesmo, uma carta ao Jornal O Estado de S. Paulo ­ — que trouxe a matéria na sua edição deste 5 de janeiro  manifestando o nosso inconformismo com a desarrazoada atitude governamental. Que outros também se posicionem.

         Leiam abaixo o teor da carta a que nos referimos.

São Paulo, 7 de janeiro de 2021

Jarim Lopes Roseira – presidente da IPA-SP

CARTA NÃO PUBLICADA PELO “ESTADÃO”

          Srs. Associados:

          Que a chamada “grande Imprensa” não tem a menor simpatia e consideração para com as forças de segurança, não é nenhum segredo.

Escrevem o que querem sobre as policias, sem o necessário conhecimento de causa e, quando recebem cartas fazendo o contra ponto das suas afirmações, quase sempre não as publicam. É o caso do texto que com este segue, onde procuro destacar que para fazer face ao crescimento do chamado crime organizado, é necessário que os policiais estejam motivados, bem pagos, tenham suporte de saúde física e mental, além de efetivo suficiente para  o necessário rejuvenescimento dos quadros.

               Vejam o texto anexo:

Sr. Editor do Fórum dos Leitores do Jornal O Estado de S. Paulo:

Por ser de interesse público, peço a gentileza de publicar a carta que abaixo segue:

Houve-se bem o autor do texto “Estado do crime” (Notas & Informações, 13/12). Aprofundou-se nas causas e nos efeitos do mal, mas se esqueceu daqueles que tratam da sua cura: os policiais. É como se ocupar demais com o Covid-19 e se esquecer daqueles que estão trabalhando, dia e noite, na busca da vacina. Há muito venho alertando que os policiais estão desmotivados por conta dos baixos salários e das condições precárias de trabalho. Estão envelhecidos e doentes. Fazem o que podem, heroicamente. Seja como for, falando de São Paulo, aqui, felizmente, não existe “Estado paralelo”, ainda.

JARIM LOPES ROSEIRA

IPA.SAOPAULO@IPA-BRASIL.ORG.BR

15/12/2020

BID DESTINA US$ 1,2 BILHÃO (R$ 6,4 BILHÕES) À SEGURANÇA PÚBLICA

         Srs. Associados:

         Como disse na carta que foi enviada ao Jornal “O Estado de S. Paulo”, a notícia é por demais alvissareira. Nunca soube que um organismo internacional, como o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), tenha destinado uma quantia assim tão expressiva (US$ 1,2 bilhões – R$ 6,4 bilhões), especificamente para a Segurança Pública do nosso país.

         Quando dividida, proporcionalmente, entre as 27 unidades da Federação, é logico que a fatia diminui, mas ainda será muito grande. Só não podemos aceitar que tanto dinheiro seja gasto na compra de viaturas, computadores e outras parafernálias eletrônicas. É preciso que se invista no homem policial, principalmente em sua saúde física e mental. Também sem esquecer dos aposentados e pensionistas.

          Por isso escrevemos ao Jornal, para não deixar que o assunto caia no esquecimento. Vejam o texto anexo:

São Paulo, 24 de novembro de 2020

Jarim Lopes Roseira

Presidente da IPA-SP e Diretor de Aposentados e Pensionistas da FEIPOL-SE

OMBUDSMAN DA FOLHA SE DESCULPA PELA NÃO PUBLICAÇÃO DE CARTA

Recebi da Jornalista Flávia Lima, Ombudsman do jornal Folha de S. Paulo, o texto abaixo:

“Agradeço o comentário e me desculpo pela demora em respondê-lo. Infelizmente, não interfiro naquilo que é publicado pelo Painel do Leitor, mas as observações foram encaminhadas para lá. Fico feliz que o Sr. tenha se sentido, como leitor, representado pelo texto.

Tenha uma excelente semana,

Flávia Lima, Ombudsman Folha de S. Paulo”.

A carta a que se refere Flávia, que ainda não foi publicada, tem o seguinte teor.

Até que enfim a ombudsman Flavia Lima, na edição de 1º/11, no texto “Precisamos falar das milícias”, defende o leitor, reconhecendo que a imprensa deve prestar mais atenção, dando visibilidade e fomentando o debate sobre os assuntos policiais. É o que se espera de um jornalismo sério. Afinal, o trabalho policial é muito importante para ser abordado superficialmente.

Jarim Lopes Roseira, presidente da Regional São Paulo da International Police Association (São Paulo, SP)

2/11/2021

SÉRIE POLICIAL E MULHERES EM FOCO

          Srs. Associados:

           Ainda que o Jornal O Estado de S. Paulo não tenha publicado a carta que lhe enviei a propósito do lançamento da ‘Série Policial e Mulheres em Foco’ – que ainda não vi – não posso deixar de trazer ao conhecimento de todos, em especial dos colegas Escrivães de Polícia que, como se diz, “carregam a Polícia nas costas”, a crítica/correção que fiz à redação do Caderno 2, que com este segue, em sua íntegra.

——– Mensagem original ——–

Assunto::Série policial e mulheres em focoData:18/10/2020 12:10De:Seção Regional de São Paulo da International Police Association – Brasil <ipa.saopaulo@ipa-brasil.org.br>Para::forum@estadao.com

Sr. Editor da Coluna Fórum dos leitores, bom dia

Por ser de interesse público, solicito publicar a carta que abaixo segue:

Parabenizo O Estadão pelo lançamento da ‘Série Policial e Mulheres em Foco’, que espero venha para estimular a tão injustiçada carreira policial. Tirá-la do quase anonimato, pelo menos naquilo que ela faz de bom pela sociedade, já é um grande avanço. Um resgate, ouso dizer. Contudo, faço votos que os autores não cometam gafes como a que escreveu a apresentadora do Caderno 2 de hoje (18/10), ao dizer que “… Verônica, que até então levava uma rotina burocrática como Escrivã…”. O Escrivão é, foi e sempre será um técnico especializado; jamais um burocrata.

JARIM LOPES ROSEIRA

IPA.SAOPAULO@IPA-BRASIL.ORG.BR

SÃO PAULO

       Srs. Associados:

        Tendo sido publicado no painel eletrônico do Estadão do dia 20/10, republicamos a carta cujo teor abaixo segue, com os logotipos do jornal.

São Paulo, 22 de outubro de 2020

Jarim Lopes Roseira

Presidente da IPA-SP

R E L A T Ó R I O SOBRE O AFASTAMENTO DE POLICIAIS DEVIDO AO COVID E A DEFASAGEM DO EFETIVO DAS POLÍCIAS (PC, PM e GCM)

No dia 2/4/2020, o jornal Folha de S. Paulo publicou matéria com o título “SP afasta 600 policiais por suspeita de Covi-19”, retratando a situação caótica no seio das forças policiais.          

            Em 2/6, o mesmo veículo voltou ao assunto, desta vez com a manchete: “SP chega a 3.000 policiais afastados por suspeita de contaminação pelo vírus”, complementando no curso da matéria que o número havia quase quadruplicado nas três semanas anteriores, saltando de 800 para 3.000. O levantamento deixava de fora, sem explicação, os guardas-civis metropolitanos.

              A reportagem apontava que, de março a maio, 15 policiais haviam falecido com a doença, uma média de cinco por mês. Instado a se manifestar, a gestão Dória, diz, informou haver investido 8 milhões em equipamentos de proteção aos agentes de segurança do Estado, num total de quatro milhões de itens (?), incluindo produtos de limpeza e higiene.

             Diante do preocupante quadro, agravado pela assustadora defasagem dos efetivos policiais, a IPA-SP tomou a iniciativa de enviar ofício circunstanciado ao comando de cada uma das três corporações, chamando a atenção para a necessidade de medidas efetivas para equacionar a questão.

              Por outro lado, encareceu-se a necessidade  de não serem interrompidos os concursos de ingresso nas carreiras, para não agravar, ainda mais, a falta de pessoal que, em última instância vinha propiciando o aumento dos casos de afastamento por problemas de saúde física e mental, sem falar das ocorrências de suicídios de policiais.

            A primeira das três corporações a nos responder o apelo foi a Polícia Militar, que através do Chefe de Gabinete Interino, Tenente-Coronel PM Fábio Ricardo Ferreira, que afirmou, em ofício datado de 10/7, “agradecer, em nome do Comandante-Geral, a nossa preocupação, acrescentando que a Polícia Militar está adotando todas as providências pertinentes para manter a integridade física e mental do seu efetivo, atentando-se às reposições necessárias…”

             A seguir, foi a vez da Comandante-Geral Elza Paulina de Souza, da Guarda Civil Metropolitana, a qual disse, via ofício nº 239, de 3/9 que a corporação não foi solicitada pela reportagem a informar sobre o contingente afastado, mas que os GCMs estão classificados como prestadores de serviço essencial, o que lhes exige maior esforço e, consequentemente, maior desgaste.

           Admitiu que “há uma defasagem no efetivo, porém aguarda deliberação da administração superior para o provimento de cerca de 1000 cargos vagos na GCM”, porém citou a Lei Complementar Federal nº 173/2020, que suspendeu todos os concursos até 31/12/2021.

       No dia 8/9, a Sra. Delegada-Geral de Polícia Adjunta, Dra. Elisabete Ferreira Sato, através de circunstanciado ofício, informou números realmente preocupantes, “conforme em relatório atualizado até 29/6, produzido pela Divisão de Tecnologia da Informação, do DIPOL, relativo à ‘Evolução Operação Corona’, na Polícia Civil de São Paulo existem atualmente 804 policiais civis com suspeita de contaminação e 668 casos confirmados de Covid-19”.

             Com relação à defasagem do efetivo nas unidades policiais, esclarece que o Sr. governador do Estado autorizou novos concursos para o preenchimento de 2.939 cargos vagos na Polícia Civil. Por outro lado afirmou que “por portarias do Sr. Delegado Geral estão em fase de conclusão certames para o preenchimento de 2.750 cargos vagos e que um total de 1.645 alunos estão frequentando os Cursos de Formação Técnico-Profissional de diferentes carreiras, na Academia de Polícia, findos os quais serão designados para as diferentes unidades policiais do Estado de São Paulo”.

         A IPA-SP agradece o espírito público das autoridades citadas, que com as informações prestadas tranquilizam os policiais interessados.

     São Paulo, 10 de setembro de 2020

Jarim Lopes Roseira

Presidente da Seção Regional da IPA em São Paulo